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Nicarágua, a marca da independência

Por Pedro Paulo Rezende

A Nicarágua desafia os Estados Unidos desde o século 19, quando William Walker, um aventureiro norte-americano, organizou um grupo de mercenários para tomar o país. Foi a primeira de muitas agressões diretas e indiretas  que culminaram, em julho de 1979 com a chegada da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) ao poder depois de uma luta de 18 anos contra uma dinastia de ditadores, a família Somoza colocada no governo por Washington em 1935. O país possui pouco mais de 6 milhões de habitantes (população 50 vezes menor que a estadunidense). Seu território cabe 75 vezes na área ocupada pelos Estados Unidos. Seu PIB (em 2019) é 1.772 vezes inferior. Além disto, os EUA possuem 5.113 ogivas nucleares, 11 porta-aviões e 18 submarinos nucleares. As Forças Armadas Nicaraguenses nem possuem aviões de combate. Alguém pode acreditar em sã consciência que a Nicarágua apresenta uma ameaça para Washington? Apesar disto, o ex-presidente Donald Trump não hesitou em classificá-la como “risco aos Estados Unidos”. Joe Biden não alterou a classificação do país quando assumiu a Casa Branca em janeiro deste ano. Em verdade, o governo norte-americano quer, mais uma vez, interferir no país. O objetivo é retirar do poder a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o líder Daniel Ortega por meio do voto: o país centro-americano terá eleições em 7 de novembro (Leia mais aqui)

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