Hipocrisia ambiental

Por PEDRO PAULO REZENDE

A diplomacia brasileira está profundamente desapontada com a falta de empenho dos Estados Unidos e dos países europeus em cumprir seus compromissos com a agenda ambiental. A visita do presidente Luíz Inácio Lula da Silva a Washington, em janeiro deste ano, expôs a falta de seriedade do presidente norte-americano, Joe Biden. O encontro foi agendado em novembro do ano passado em uma reunião entre o atual mandatário do Brasil e o assessor da presidência estadunidense para o meio-ambiente, John Kerry, durante a 27ª Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada no balneário egípcio de Sharm El Sheik. Muitas promessas foram feitas sobre financiamentos para o Fundo da Amazônia e compra de créditos de carbono emitidos pelas nossas autoridades, mas os norte-americanos liberaram apenas US$ 50 milhões, contra US$ 54 bilhões liberados para o rearmamento da Ucrânia. Enquanto isto, a exploração de petróleo e carvão é liberada em áreas frágeis no Alasca, nas Falklands/Malvinas e na Floresta Negra da Alemanha. (Leia mais aqui)