Por PEDRO PAULO REZENDE
As questões éticas passaram para segundo plano na disputa de um mercado de US$ 140 bilhões que envolve o desenvolvimento de vacinas contra o COVID 19. Em função do pânico gerado pela pandemia, companhias farmacêuticas dos Estados Unidos, França e Reino Unido lutam para garantir um produto mais eficiente e lucrativo. Diante deste cenário, as críticas surgem nos meios de comunicação de maneira a desqualificar eventuais concorrentes.No momento, há poucas alternativas à Sputnik V e à Coronavac, fabricada pela Sinovac Biotech SVA chinesa (desenvolvida a partir de vírus inativado, um método antigo e menos seguro). A vacina de Oxford precisa provar que não causa graves efeitos colaterais, que podem levar à paralisia do paciente. Os esforços estadunidenses ainda não mostraram resultados, apesar dos fartos investimentos governamentais e da pressão (em boa parte determinada pelo desejo de reeleição) exercida pelo presidente Donald Trump para que apresentem um produto até o próximo mês. Enquanto isto, os países do Primeiro Mundo procuram o Instituto Gamaleya e a Sinovac para adquirir doses em quantidade suficiente para imunizar 30% da população global. Neste quadro, nada mais inteligente para o Brasil que buscar fabricar vacinas em território nacional. (Leia mais aqui)