Por Pedro Paulo Rezende
A insistência do presidente da República, Jair Bolsonaro, em politizar a questão da vacinação contra o vírus COVID 19 pode custar caro ao Brasil. Correu grandes riscos ao apostar todas as fichas na pesquisa conjunta realizada pela Universidade de Oxford com a empresa sueca AstraZeneca. Os resultados das pesquisas realizadas em voluntários mostraram sérias inconsistências e um nível de imunização de apenas 70%. É um resultado inferior aos 92% obtidos pela vacina russa Sputnik V (desenvolvida pelo Instituto Gamaleya com o Fundo de Desenvolvimento da Federação Russa) e de 90% verificados pela Coronavac, criada pela chinesa Sinovac (com o apoio do Instituto Butantã e do governo do estado de São Paulo). É importante ressaltar que as três iniciativas são as que melhor se adéquam à realidade brasileira. Podem ser armazenadas a uma temperatura entre dois e oito graus Celsius, o que facilitaria o transporte em um país continental, como o nosso. A proposta da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, atenderia este requisito, mas está em fase inicial de homologação. As alternativas exigem sistemas de ultrarresfriamento a até 75 graus centígrados e foram desenvolvidas para atender à demanda de países ricos.(Leia mais aqui)