O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é um grupo separatista curdo, criado em 1978, ativo principalmente no norte do Iraque e sudeste da Turquia. O grupo, composto principalmente por curdos turcos, lançou uma campanha de violência em 1984. O objetivo original era estabelecer um estado independente que abrangesse o sudeste da Turquia e o norte do Iraque. No início da década de 1990, o PKK foi além da guerrilha rural para se envolver no terrorismo urbano.
O PKK repudiou a violência de 1999 até junho de 2004, quando sua ala militante assumiu o controle e renunciou ao cessar-fogo autoimposto. Em 2009, recomeçaram as negociações de paz com Ancara, mas as conversas fracassaram depois que o grupo rebelde executou um ataque em julho de 2011 que matou 13 soldados turcos. O PKK e as forças turcas entraram em conflito repetidamente em 2011 e 2012, incluindo um ataque em outubro de 2011 que matou 24 soldados turcos e foi o incidente mais mortal desde 1993. Em 2018, vários ataques do PKK foram relatados contra as forças de segurança da Turquia, incluindo um ataque, em novembro, contra uma base que resultou em dezenas de mortes.
Em 8 de outubro de 1997, e sob a seção 219 da Lei de Imigração e Nacionalidade e suas alterações, o Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou o PKK como Organização Terrorista Estrangeira. Em 31 de outubro de 2001, e de acordo com a Ordem Executiva 13224 e suas alterações, o Departamento de Estado dos EUA reclassificou o grupo como Terrorista Global Especialmente Designado. Como resultado, todos os bens e participações do PKK sujeitos à jurisdição estadunidense foram bloqueados. Além disso, cidadãos e entidades norte-americanos, bem como pessoas residentes nos EUA e fundos e patrimônios regidos pelas leis dos EUA, estão proibidos de se envolver em qualquer tipo de transação com o PKK. Ademais, é crime sabidamente fornecer, tentar ou conspirar para fornecer apoio ou recursos materiais ao PKK.
Apesar disto, há 12 anos, os militares norte-americanos empregam as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla local) contra as forças da República da Síria. Em 13 novembro do ano passado, uma militante síria ligada ao grupo explodiu uma bomba na Avenida İstiklal, no distrito de Beyoğlu, em Istambul, Turquia, às 16h20, horário local. Segundo o governador de Istambul, Ali Yerlikaya, o atentado deixou seis mortos e pelo menos 81 feridos. (PPR)
