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O BRICS Plus deve evoluir a novo patamar

Por PEDRO PAULO REZENDE

A próxima cúpula do BRICS Plus, na cidade russa de Kazan, dará um passo importante rumo à institucionalização do bloco. O encontro, entre os dias 24 e 28 de outubro, discutirá a ampliação do grupo, hoje com nove sócios, e a criação de mecanismos de pagamento próprios e alternativos aos existentes. O sistema atual, o Swift (sigla em inglês de Sociedade Global Interbancária de Telecomunicação Financeira), é completamente controlado pelo Ocidente que impõe sua agenda política e ideológica por meio de sanções econômicas. Estes mecanismos punitivos não são adotados pelo BRICS.

A informalidade do BRICS não é peculiar. O G-7 (formado pelas sete maiores economias) e o G-20 (que soma as 20 maiores economias) seguem o mesmo sistema. Estes grupos funcionam como um clube de cavalheiros onde as prioridades temáticas para as reuniões de cúpula são estabelecidas pelo país anfitrião — a partir de encontros setoriais com ministros das relações internacionais e das áreas social, econômica e de infraestrutura. No entanto, o BRICS Plus possui um grande diferencial: o Novo Banco de Investimento, criado em 2014, hoje presidido por Dilma Rousseff. Este organismo financia obras de infraestrutura em nível global com baixos juros e nenhuma exigência de alinhamento ideológico. O G-7 e o G-20 não têm nada similar. (Leia mais aqui)

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