Por Pedro Paulo Rezende
Com a dissolução da União Soviética, em 1991, a Ucrânia ganhou sua independência. O futuro do segundo país da Europa em área territorial parecia promissor. No entanto, o sonho se transformou em pesadelo. Entre 2005 e os dias atuais, a economia caiu vertiginosamente e representa 20% do produto interno bruto da época soviética. Hoje, apenas a Moldova é mais pobre. Como se não bastasse, duas províncias se mobilizaram para resistir contra uma tentativa de limpeza étnica defendida por grupos neonazistas, que defendem a eliminação dos não-ucranianos. Em busca de melhores condições de vida, 7 milhões imigraram, principalmente para a Rússia. Qual a razão deste declínio? Para o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, os culpados são os russos. Ele defende a tese esdrúxula de que foram eles que condenaram seu país ao eterno atraso. A culpa não é de agora, viria dos anos de 1932 e 1933, quando, segundo ele, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) condenou milhões de ucranianos à morte por inanição, um holocausto comunista que os historiadores ligados à extrema direita batizaram de Holodomor, palavra que pode ser traduzida como “grande fome”. Cabe aqui um parêntese: não há provas de que tenha ocorrido um genocídio na Ucrânia, como veremos adiante. Para divulgar esta ideia, que não tem embasamento científico, ele não poupa esforços: realiza campanhas publicitárias para convencer o povo, mobiliza o corpo diplomático para convencer influenciadores estrangeiros e levanta o tópico em todas as ocasiões, inclusive em momentos inadequados, como mensagens de ano novo.(Leia mais aqui)

